sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Queridos leitores do meu blog.

Estou começando a publicar um romance policial no meu site
http://www.veracarvalhoassumpcao.com/folhe.htm
Pretendo a cada dez dias colocar um novo capítulo.
Boa Leitura!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



Uma das coisas que eu gosto é um bom desafio. Por isso aceitei o desafio de ler 50 livros em 2009. Como comecei meu blog já no final de fevereiro, vou comentar os livros que li em janeiro. Logo depois de “O Analista”, reli dois livros de Jostein Gaarder o autor de “O Mundo de Sofia” São dois livros juvenis, mas que valem uma leitura também para os adultos.

O primeiro foi “A Biblioteca Magia de Bibbi Bokken” que Jostein Gaarder escreveu em parceria com Klaus Hagerup. Ele conta de uma forma muito divertida a história do livro e de como foi criada a catalogação para se organizar as bibliotecas. Paralelamente é narrada a história de Nils e sua prima Berit, que vivem em cidades diferentes da Noruega e decidem iniciar uma correspondência que acaba virando um livro. Os dois passaram as férias juntos e antes de se despedirem para retornarem às suas cidades, decidem comprar um caderno de capa dura para se corresponderem, assim os dois podem se manter em contacto durante o ano escolar com um livro de cartas que viaja pelo correio de lá para cá e de cá para lá.
É justamente aí que começa o mistério. Na loja onde foi comprar o caderno, Nils se depara com Bibi Bokken, uma mulher muito estranha, que vagava diante das estantes de livros, olhando-os com água na boca, como se fossem doces ou chocolates. Quando Nils foi pagar, ela ofereceu uma contribuição. Ele ficou com aquela cena incomum na sua cabeça. Na primeira carta que ele escreve no caderno e envia à prima, ele narra o ocorrido. Os dois descobrem que ela vive na mesma cidade de Berit e os dois decidem investigar a estranha mulher. Assim começa a correspondência secreta entre os dois. Um caso e tanto para a dupla de detetives: Nils e Berit.
Em “A Biblioteca Magia de Bibbi Bokken”, o grande herói é o livro e sua história, seu processo de produção e catalogação nas bibliotecas, explicados numa trama de detetives recheada de suspense e aventura. E é assim que os dois autores celebram esse objeto “mágico”, que mudou a história da humanidade e também a vida de muita gente como você: o leitor!
Mesmo sendo um livro juvenil, vale a pena voltar aos nossos tempos de juventude para ser um leitor de “A Biblioteca Magia de Bibbi Bokken”.


O segundo livro que reli de Jostein Gaarder foi “A Garota das Laranjas”. Outro livro juvenil, mas que pode ser lido por leitores de qualquer idade. Ele conta um momento da vida de Georg Roed e seu pai Jan Olav. Jan Olav morreu de uma doença incurável quando Georg tinha pouco mais de três anos de idade. Quando ele chega aos quinze anos é encontrada uma carta que o pai escreveu poucos dias antes de sua morte. Na carta, que durante onze anos ficou esquecida no forro de um velho carrinho de bebê, Jan Olav se dirige a um Georg adolescente, mais apto a entender alguns assuntos que uma criança pequena não compreenderia. Numa fantástica comunicação entre o presente e o passado, que mistura trechos da carta do pai com as reflexões do filho, Georg descobre afinidades secretas que tinha com o pai: uma certa curiosidade filosófica, o grande interesse pelas fotos tiradas pelo telescópio Hubble (que fora colocado em órbita quando o pai morreu), e o olhar atento para o Universo. Em meio a reflexões e perguntas, Jan Olav conta ao filho uma história real, acerca de uma personagem misteriosa: a garota das laranjas, desconhecida que surge pelas ruas de Oslo levando sempre nas mãos um saco de enormes laranjas, que o desperta para uma profunda paixão e uma série de perguntas sem respostas. Ao relatar sua busca por essa figura quase sobrenatural, o pai tece com o filho um diálogo que mexe fundo com as emoções de Georg. Essa novela epistolar entre o passado (pai) e o presente (filho) é uma trama muito bem costurada com mistérios e divagações filosóficas sobre a condição humana, a confrontação com a morte e outros enigmas da nossa existência. Mesmo depois da adolescência vale a pena ler “A Garota das Laranjas”.


Foi com um sorriso divertido que recebi este prêmio do blog palavras partilhadas !
Obrigada, Butterfly! Borboletas são o colorido que alegra a vida! E os blogs!
Associado a este selo vêm algumas regras, que passo a citar:
- Publicar o link da pessoa que o/a nomeou;
- Escrever as regras no blog;
- Contar 6 coisas aleatórias sobre si;
- Indicar mais seis pessoas e colocar os respectivos links no final do post;
- Avise as pessoas que indicou, deixando um comentário nos seus blogs;
- Deixe os indicados saberem quando publicar o seu post.

Aí vão seis coisas sobre mim.

1 - Adoro ler! (óbvio, né!)

2 - Desafios me animam!

3 - Cinema no telão. Trinta e seis vezes maios do que a vida! Em último caso DVD.

4 - Não consigo viver sem minhas cartas de Tarô.

5 - Já fiz diversos cursos de astronomia e gosto de acompanhar as novas descobertas dos telescópios modernos, especialmente o Hubble. Quanto mais se descobre, maior é o mistério!

6 - Escrever organiza minha alma.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Aí vão os blogs que escolhi para repassar o selo de ouro.

Livros e leituras

O jardim dos sentidos (imagens fantásticas)

Olhar nômade

Eduardo Carvalho http://ecarvalho.typepad.com

Verde visão

Viajar pela leitura



Acabo de receber o Prêmio Blog de Ouro da Paula do blog letraseprozac e palavras partilhadas.

Obrigadíssima, querida Paula. É o primeiro prêmio que recebo. E, como já disse anteriormente, estou me iniciando nas artes do blog. Paula foi uma das minhas inspiradoras. Ela partilha palavras com os leitores de uma forma muito especial. É sempre muito bom entrar nos seus blogs e partilhar suas opiniões. Também sua idéia de ler 50 livros em 2009 me chamou muito a atenção. Sou uma leitora voraz, mas partilhar a opinião sobre as obras lidas não é brinquedo não!
Para o Selo de Ouro as regras são as seguintes:

Copiar o selo e colocar no blog;
-Fazer referência ao nome de quem atribuiu o prémio e publicar o respectivo link;
-Premiar seis blogs que sejam uma inspiração para si;-
Deixar um comentários nos blogs escolhidos para que saibam que foram premiados.
Estou tão assanhada com o prêmio que já estou colocando no site.
Em seguida vou escolher os seis blogs que me inspiraram.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Como já falei, o gênero literário que mais gosto é o policial. Embora eu leia outros gêneros com muito gosto, no meu site serão mais comentados os romances de crime e mistério. Vou começar falando sobre o livro que li entre os últimos dias de 2008 e os primeiros de 2009. O ANALISTA de John Katzenbach


“Feliz aniversário de cinqüenta e três anos, doutor. Bem-vindo ao primeiro dia de sua morte.”

Dr. Frederick Starks, um psicanalista de Nova Iorque, acabava de receber uma carta misteriosa e ameaçadora. E encontrava-se no meio de um terrível jogo criado por um homem que se autodenomina Rumplestiltskin. As regras eram as seguintes - em duas semanas, Starks precisa descobrir a identidade do seu perseguidor. Se conseguir isso, estará livre. Se falhar, Rumplestiltskin destruirá um por um, cinqüenta e duas pessoas ligadas a Starks - a não ser que o pacato doutor concorde em se matar. Em uma corrida eletrizante contra o tempo, ele se verá à mercê de um infernal jogo de vingança de um psicopata. Precisa encontrar uma forma de deter o maníaco - antes que ele mesmo fique louco... Ou comece a agir contra as pessoas ligadas a Starks.

O doutor Starks , um homem que lidava profissionalmente com a introspecção, vivia sozinho, atormentado pelas memórias de seus pacientes. Começava a sentir o impacto da idade que lhe havia endurecido as juntas e os músculos durante a longa e sedentária vida por trás do divã. Num final de tarde extremamente comum, quando estava terminando sua última consulta, recebeu uma carta ameaçadora de um misterioso remetente que assina se
Rumplestiltskin,
No folclore alemão, Rumplestiltskin é um anão que salva a vida de uma garota que havia se casado com um rei. Em troca ele exige que ela lhe entregue seu primeiro filho. Quando a criança nasce, a mãe desesperada, suplica que ele a libere da promessa. Ele consente, com a condição de que ela adivinhe seu nome em três dias. Ela consegue no último momento, e o poder de Rumplestiltskin é quebrado.
Ao receber a carta, doutor Starks percebe que não havia recebido simplesmente uma ameaça de morte. Cinqüenta e duas pessoas ligadas a ele estavam fadadas a sofrer e morrer caso ele não fizesse nada a respeito. Se resolvesse não fazer nada, deveria se matar. Suicídio seria a antítese de tudo o que defendeu durante toda a vida.
Partindo desses dados, e percebendo desde o princípio que o autor da carta não estava para brincadeiras, as páginas desse livro são lidas com uma velocidade tempestuosa. É umas das tramas de suspense mais bem elaboradas que já li. É uma história forte, repleta de tormentos psicológicos e de perspicácia investigativa, com surpreendentes reviravoltas num jogo perigosíssimo. Paralelamente à aventura investigativa, nos deparamos com uma história de identidade roubada, de vingança extrema e de auto descoberta.
Foi um livro que li em poucos fôlegos. Foi difícil parar a leitura para compromissos urgentes ou umas poucas horas de sono. Ao mesmo tempo em que se desenvolve o suspense há uma profunda investigação existencial. Escrito com um ritmo impecável e uma prosa flexível o autor descreve o tempo todo um ambiente obscuramente denso. Como foi dito pelo The Washington Post: é um diário freudiano do inferno.
Desejo a todos uma boa leitura!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Romance Policial



Escrever sobre o romance policial é uma tarefa complicada. Sou uma escritora de romances policiais. Adoro montar as tramas. No entanto antes de ser escritora sou uma leitora contumaz de policiais. Claro que também leio outros gêneros, sem nenhum preconceito, mas o policial é minha leitura predileta. O que de forma alguma me torna uma especialista no assunto. Aproveito o meu blog para escrever algumas considerações sobre o romance policial. E se você que está lendo tiver algum comentário ou crítica, ela será muito benvinda.
Falar se o livro policial é uma literatura maior ou menor é uma discussão que com certeza não vai chegar a uma conclusão definitiva. Há ensaios famosos de Somerset Maugham e Raymond Chandler, de meados do século passado mostrando que já naquela época a briga estava quente. Chandler batalhou a vida toda para provar que era possível fazer grande literatura no formato policial. E conseguiu umas palavras menos ásperas do temível crítico da época: Edmund Wilson.
Os críticos, que afirmam que a literatura policial é uma literatura menor, têm como principal argumento o fato dela usar uma fórmula que consiste em: crime, investigação e solução. Realmente o romance policial segue essa fórmula, claro que com algumas variações, por vezes ocorrem vários crimes. Como em todos os gêneros literários, existem romances policiais bons, maus e regulares.
O que acredito ser a diferença fundamental é que os grandes romances sempre destruíram valores e criaram novas estéticas. Quando pensamos na literatura como arte, como movimento cultural do mundo moderno, a ordem é tornar novo, é romper com o passado e ser original. As artes modernas têm o dever da vanguarda, de ir à frente da sua época e transformá-la. Vemos isso na pintura, na música, enfim, nas artes em geral. Os críticos valorizam a obra literária à medida que ela supera as anteriores, especialmente na forma e na linguagem.
No caso do romance policial, desde que foi criado por Edgar Allan Poe, ele parte da fórmula: crime, investigação e solução e quanto mais próximo ele ficar dessa fórmula, melhor será o livro. O romance policial, como toda a literatura de entretenimento, precisa de começo, meio e fim muito bem interligados. A perícia do autor em conduzir a investigação é fundamental para conquistar o leitor.
O que se pode afirmar sem sombra de dúvida é que cada vez mais leitores estão lendo romances policiais. E o público é eclético e variado: adolescentes e idosos, profissionais liberais, intelectuais, professores universitários, pesquisadores, homens e mulheres, aposentados, etc. Ainda não existem estudos definitivos para explicar o porquê desse gosto do leitor. Talvez a explicação seja que a própria construção da fórmula traga em si uma grande carga mítica, que passa a funcionar como um arquétipo, pois satisfaz as exigências dos tempos e também a outras elaborações inconscientes (temores e desejos). Também podemos mencionar a presença do lúdico, que estaria no desafio intelectual entre o leitor e o detetive, cuja vitória transmite tranqüilidade e segurança. Para o leitor, o prazer da leitura é seguir o raciocínio lógico, e, no final, ele precisa saber quem cometeu o crime. Quando o detetive captura ou simplesmente aponta o criminoso, há uma sensação de que o mundo foi resgatado do caos, que a ordem foi restabelecida. Como nos contos de fada há um final feliz.
Quando se vê toda essa onda de corrupção nas altas esferas do poder, a população se mostra indiferente porque já sabe que tudo vai se enrolar e jamais vamos ficar sabendo a verdade. Não há raciocínio lógico a ser seguido. No romance policial, a busca da verdade, a certeza de desvendar o mistério, de finalmente solucionar o crime, cativa o leitor. O mistério inicial, a dúvida que inspira, o fato que sempre parece conduzir à razão, a angústia que resulta disso, tudo conspira para produzir uma eletricidade poética de uma qualidade freqüentemente bem superior à realidade que vivemos. Enfim, como nos contos de fada, o romance policial tem um final feliz. Ele resgata o mundo do caos e aplica a justiça.
Quando eu era criança e estava na escola, gostava muito de ler, mas minha matéria predileta era a matemática. Acredito que da junção do gosto pela leitura com equações matemáticas surge o romance policial.