domingo, 8 de março de 2009


O livro que acabei de ler é OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
É excelente! Vale a pena mergulhar nas 522 páginas!
O Jornalista Mikael Blomkvist acaba de ser condenado e sentenciado a três meses de prisão por difamar um poderoso financista.

O grande industrial Henrik Vanger recebe uma flor emoldurada – o mesmo presente que Harriet lhe dava quando vivia em sua casa. Quase 40 anos depois o industrial contrata o jornalista Mikael Blomkvist, para conduzir uma investigação particular.

Henrik Vanger quer que o jornalista escreva uma biografia de sua conturbada família. Quer, além disso, que ele investigue o sumiço de sua sobrinha Harriet, desaparecida sem deixar vestígios há quase quarenta anos. Caso Mikael descubra o que aconteceu, ou quem matou Hariet, Henrik se propõe a ajudar Mikael a salvar sua revista Millennium que está à beira da falência.

Se o leitor se deixar pegar por essa aventura, está perdido. Não há como largar o livro. O autor, Stirg Larsson, possui um talento inigualável para capturar o leitor ao longo de mais de 500 páginas e para criar personagens fascinantes. Ele não reinventou a roda. Se o tivesse feito, o romance não venderia tanto. O que fez foi adaptar o velho mistério do quarto fechado, a invenção de Alan Poe que os ingleses levaram adiante. Mas com uma jogada: o crime acontece numa ilha, onde, em 1966, Harriet Vanger, jovem herdeira de um império industrial, some sem deixar vestígios. No dia de seu desaparecimento, fechara-se o acesso à ilha onde ela e diversos membros de sua família faziam um encontro para discutir os rumos das empresas do grupo.

Além da narrativa ágil e inteligente, existem personagens fascinantes. Para ajudar o jornalista a desvendar o caso, se junta a ele a mais interessante personagem da trama, a inteligentíssima hacker Lisbeth Salander, 24 anos mas aparentando 14, magérrima, com piercings no nariz e nas sobrancelhas, tatuagens de vespa no pescoço e dragão na omoplata, cabelos quase raspados tingidos de preto e comportamento à beira da delinqüência.

A cena em que Blomkvist e Lisbeth ficam frente a frente pela primeira vez – o que só acontece na página 300 das mais de 500 – é uma das melhores do livro. Incompatibilidade total! Química perfeita!

Este livro não é somente uma trama bem feita. É uma obra de dimensões oceânicas que se desdobra pelos mais diversos aspectos da vida moderna: os crimes de colarinho branco, a responsabilidade do jornalismo econômico com a ciranda financeira, o fenômeno da internet e da invasão de privacidade, o ódio contra as minorias.

O autor, Stieg Larsson, foi um jornalista e ativista político de prestígio em seu país, fundador da revista Expo, famosa por denunciar organizações européias neofascistas e racistas. A nota triste é que ele morreu em 2004, aos 50 anos, logo depois de terminar a trilogia onde Os Homens que não Amavam as ms ogia onde Os Homens que não ao fenersos aspectos da vida moderna: os crimes de colarinho branco, a responsabilidade do jornalulheres é o primeiro. Quer dizer, não pôde desfrutar o sucesso nem a grana.

Um comentário:

  1. Pelo que você escreveu, esse livro deve ser maravilhoso. Vou dar um jeito de comprá-lo.

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