quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Como já falei, o gênero literário que mais gosto é o policial. Embora eu leia outros gêneros com muito gosto, no meu site serão mais comentados os romances de crime e mistério. Vou começar falando sobre o livro que li entre os últimos dias de 2008 e os primeiros de 2009. O ANALISTA de John Katzenbach


“Feliz aniversário de cinqüenta e três anos, doutor. Bem-vindo ao primeiro dia de sua morte.”

Dr. Frederick Starks, um psicanalista de Nova Iorque, acabava de receber uma carta misteriosa e ameaçadora. E encontrava-se no meio de um terrível jogo criado por um homem que se autodenomina Rumplestiltskin. As regras eram as seguintes - em duas semanas, Starks precisa descobrir a identidade do seu perseguidor. Se conseguir isso, estará livre. Se falhar, Rumplestiltskin destruirá um por um, cinqüenta e duas pessoas ligadas a Starks - a não ser que o pacato doutor concorde em se matar. Em uma corrida eletrizante contra o tempo, ele se verá à mercê de um infernal jogo de vingança de um psicopata. Precisa encontrar uma forma de deter o maníaco - antes que ele mesmo fique louco... Ou comece a agir contra as pessoas ligadas a Starks.

O doutor Starks , um homem que lidava profissionalmente com a introspecção, vivia sozinho, atormentado pelas memórias de seus pacientes. Começava a sentir o impacto da idade que lhe havia endurecido as juntas e os músculos durante a longa e sedentária vida por trás do divã. Num final de tarde extremamente comum, quando estava terminando sua última consulta, recebeu uma carta ameaçadora de um misterioso remetente que assina se
Rumplestiltskin,
No folclore alemão, Rumplestiltskin é um anão que salva a vida de uma garota que havia se casado com um rei. Em troca ele exige que ela lhe entregue seu primeiro filho. Quando a criança nasce, a mãe desesperada, suplica que ele a libere da promessa. Ele consente, com a condição de que ela adivinhe seu nome em três dias. Ela consegue no último momento, e o poder de Rumplestiltskin é quebrado.
Ao receber a carta, doutor Starks percebe que não havia recebido simplesmente uma ameaça de morte. Cinqüenta e duas pessoas ligadas a ele estavam fadadas a sofrer e morrer caso ele não fizesse nada a respeito. Se resolvesse não fazer nada, deveria se matar. Suicídio seria a antítese de tudo o que defendeu durante toda a vida.
Partindo desses dados, e percebendo desde o princípio que o autor da carta não estava para brincadeiras, as páginas desse livro são lidas com uma velocidade tempestuosa. É umas das tramas de suspense mais bem elaboradas que já li. É uma história forte, repleta de tormentos psicológicos e de perspicácia investigativa, com surpreendentes reviravoltas num jogo perigosíssimo. Paralelamente à aventura investigativa, nos deparamos com uma história de identidade roubada, de vingança extrema e de auto descoberta.
Foi um livro que li em poucos fôlegos. Foi difícil parar a leitura para compromissos urgentes ou umas poucas horas de sono. Ao mesmo tempo em que se desenvolve o suspense há uma profunda investigação existencial. Escrito com um ritmo impecável e uma prosa flexível o autor descreve o tempo todo um ambiente obscuramente denso. Como foi dito pelo The Washington Post: é um diário freudiano do inferno.
Desejo a todos uma boa leitura!

Um comentário:

  1. Olá!
    Passei novamente por aqui para dizer que tens um prémio para ti no meu Blog ! ;)

    Bjinhos

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